Devo
confessar que fiquei doido para ler esse livro, mesmo desde alguns meses antes
do lançamento. Sou fã de Augusto Cury e tenho vários (vários mesmo!) livros
dele. Então, comprei o livro “O
Colecionador de lágrimas” pela internet – demorou um pouco para chegar à minha
casa.
Comecei
a leitura, e tive a primeira surpresa: o autor ia falar sobre os dramas que as
pessoas viviam durante o reinado autoritário de Hitler. Pronto! Fiquei feliz!
Eu sou formado em História e conheço bem o período da Primeira e Segunda Guerra
Mundial. Sabia aquilo como a palma de minha mão. E também conhecia a vida de Adolf
Hitler. Augusto Cury se preocupou em fazer referências bibliográficas e assim
mostrou que pesquisou vários livros de História.
Esse
foi um livro, como ele mesmo diz, histórico-psiquiátrico. Ele vai, além de
abordar fatos relacionados à Alemanha de Hitler, tentar compreender a mente
desse ditador e o porquê o povo alemão “cedeu” a loucura dele.
O livro começa apresentando Julio Verne, um
professor de história de uma universidade. Ele é muito inteligente. Mora na Inglaterra
com a sua esposa Katherine, apelidada de Kate. Paul era o maior inimigo de Júlio,
pois, mesmo sendo casado com Lucy, tinha uma queda amorosa por Kate. Ele é
invejoso e dizia que Júlio estava louco e que precisava ser internado.
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Capa do livro "O Colecionador de Lágrimas", de Augusto Cury. |
A vida
de Júlio Verne começa a ficar um inferno devido aos pesadelos que vem sofrendo.
Ele sempre é levado para a Alemanha nazista. Vivi, nos seus sonhos, os dramas
daquela época. Mas isso não é a pior coisa: vários nazistas começam a
persegui-lo na realidade, ele também recebe cartas misteriosas, que tinha papel
antigo, e datilografado anos antes. Os nazistas começam a aparecer e perseguir
Júlio Verne, para depois desaparecer misteriosamente. Ele, é óbvio, pensa que
está ficando louco.
Na
faculdade, ele começa a debater os seus pesadelos em classe. Gera uma
revolução, pois os alunos começam a refletir sobre o passado, e não mais se tornam
repetidores de ideias (Essa concepção do autor, nós encontramos em vários
livros dele!). Depois de um atentado na faculdade, os reitores, que já estavam insatisfeitos
com o professor, decidem dá-lhe um tempo, um afastamento temporário. As reuniões
passam a ser na casa de Kate. Mas, mesmo assim, vários atentados ocorrem.
No
final do livro, eu descobri que tudo era culpa de uma máquina do tempo. Aí mistura física quântica, que eu aprendi na
escola, com história. Eu devo confessar que gosto do tema, mas que é muito,
muito, muito, complicado. É mais ou menos assim: a máquina do tempo viaja na
velocidade da luz, e assim, é possível modificar o passado e o futuro. Tem ai a teoria da relatividade…
Júlio
descobre que os nazistas, que tentaram matá-lo no presente, existem porque o
Júlio Verne do futuro já tinha entrado na máquina e voltado para o passado. Então,
ele começou a mandar cartas e “liberar” os nazistas para o Júlio do presente.
Deu para entender?
O plano
dos cientistas é o seguinte: o professor deve entrar na máquina do tempo e
tentar matar Hitler. Ele não gosta muito da ideia, pois deveria matar o Hitler
criança. Depois de dar de ombros, ele resolve acabar com os principais pontos
do nazismo – um fato importante (uma base) que podia desestruturar todo o
governo nazista.
Júlio
entra na máquina, mesmo sabendo de que nunca mais poderia voltar. O romance
termina aí, pois é o primeiro volume. Acho que o segundo vai se passar na
Alemanha da primeira metade do século XX. Espero por isso…
Enfim,
o livro é muito bom. Eu fiquei viciado em ler. Augusto Cury sabe aguçar o
leitor até o final do livro. É o autor brasileiro que eu mais gosto – pena que
eu não tenho um livro autografado!
E você,
qual livro tem?